Abstract:
Este trabalho tem como objetivo de investigar o impacto da pandemia sobre os preços dos
insumos na construção civil no Brasil no intuito de compreender as dinâmicas econômicas e
operacionais que influenciam o setor durante o período de 2019 a 2024. Adotou se uma análise
descritiva e documental, utilizando uma abordagem qualiquantitativa que se baseia na
observação e análise de dados econômico-financeiros. Foi realizada uma pesquisa dos preços
dos materiais mais essenciais, como areia média, pedra britada 1, tijolo cerâmico laminado 5,5
x 11 x 23 cm, cimento CP II-32, aço CA-50 de 8,0 mm vergalhão e aço CA-60 de 5,0 mm
vergalhão, utilizando relatórios do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil (SINAPI) disponibilizados pela Caixa Econômica Federal. O período de
análise abrangeu 51 meses, de janeiro de 2019 a março de 2024, incluindo o impacto inicial e
contínuo da pandemia de COVID-19. Os dados foram organizados e analisados no Microsoft
Excel, com a criação de tabelas e gráficos para representar as variações de preço ao longo do
tempo e identificação das tendências. Durante 2019-2024, os preços de materiais de construção
em Mato Grosso apresentaram uma tendência de aumento, impulsionada por inflação, custos
de produção e variações sazonais. O cimento CP II-32 mostrou aumentos expressivos e
sucessivos, enquanto a areia e a pedra britada n. 1 tiveram volatilidade pós-2020 devido a
fatores como pandemia e mudanças na oferta e demanda. O mercado de tijolo cerâmico
laminado mostrou um aumento gradual, refletindo mudanças na demanda e custos de produção.
O aço CA-50 e CA-60 também experimentaram volatilidade devido à pandemia, demanda e
condições econômicas. Houve um aumento significativo nos preços, a areia média, pedra
britada n.1, cimento Portland CP II-32 (saco de 50kg), tijolo, aço CA-50 e aço CA-60
aumentaram significativamente em relação ao valor de referência de 2019, variando de
aproximadamente 77,43% a 110,67%. Após o período pandêmico, as variações foram ainda
maiores, chegando a cerca de 63,56% a 125,13%. Esses dados ilustram os impactos expressivos
da pandemia nos preços desses materiais ao longo do período analisado.