Abstract:
A humanização do parto é cada vez mais relevante, com propostas menos intervencionistas,
baseada em fundamentações científicas, levando em consideração a cultura e o aspecto
emocional da gestante. Neste sentido, compete aos enfermeiros a responsabilidade de
implementar ações educativas junto às parturientes, a partir do início do pré-natal, com o
intuito de fornecer informações sobre a humanização ao longo da gestação. Objetivou-se,
neste estudo, investigar o nível de conhecimento das gestantes sobre o parto humanizado
durante o pré-natal, realizado por enfermeiros. Trata-se de um estudo observacional descritivo
com abordagem qualitativa, realizado no consultório de Enfermagem “Morada Pulsar”, com
13 gestantes, acima de 30 semanas de gestação e que estavam passando por consultas de prénatal de risco habitual. Os dados foram coletados através de um questionário elaborado pela
pesquisadora a respeito das variáveis sociodemográficas, informações obstétricas e uma
entrevista com questões semiestruturadas. As entrevistas foram lidas, transcritas, revisadas e
categorizadas em temáticas emergentes. O estudo de dados ocorreu através de análise de
conteúdo de Bardin. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa com o Parecer
número 6.776.555 e respeitou todos preceitos da Resolução 466/12. 13gestantes, se
enquadraram nos critérios de inclusão. Quanto ao perfil sociodemográfico, conclui-se que
54% das participantes se considera branca, 100% são casadas, 100% possuem ensino superior
e 100% tem casa própria. Quanto ao perfil obstétrico, 77% das gestantes possuíam idade entre
25 e 35 anos e 61% estavam entre 30 e 35 semanas de gestação. As temáticas emergentes
foram relativas à humanização, respeito, direitos, parto normal, expectativas, recuperação e
experiências sobre o parto normal. Através das declarações das entrevistadas, foi possível
inferir que a gestante de risco habitual que recebe cuidados pré-natais humanizados, focados
na fisiologia da gestação e do parto, têm uma grande chance de ter um parto seguro, tranquilo
e repleto de recordações positivas. Considerando todas as nuances apontadas nos discursos
das gestantes, pode-se concluir que, não ocorre desinformação destas gestantes em relação ao
conhecimento sobre parto humanizado. Dessa forma, espera-se que essa pesquisa contribua
para o desenvolvimento de mais estudos acerca da temática.