Abstract:
A malformação Cardíaca Congênita foi identificada a partir do século XVII, diante de
relatos com sintomas clínicos e autopsias. A cardiopatia congênita é uma anormalidade
presente no sistema cardiocirculatório, ocasionado por uma modificação embrionária dentre a
3ª e a 8ª semana de gestação, período em que se desenvolve as principais estruturas
cardiovasculares, como coração, válvulas e vasos de irrigação sanguínea afetando a anatomia
e fisiologia. A cardiopatia congênita cianótica mais frequente e com cerca de 10% de todas as
cardiopatias é a denominada Tetralogia de Fallot, conhecida definitivamente em 1888. Sendo
caracterizada pelo desalinhamento do septo infundibular, tendo quatro formas anatômicas
distintas, sendo elas, Estenose pulmonar; Comunicação interventricular; Cavalgamento da
valva aórtica; Hipertrofia do ventrículo direito. Objetiva-se com este trabalho esclarecer a
cardiopatia congênita em pacientes pediátricos e desenvolver um estudo sobre a atuação da
fisioterapia, condutas e recursos terapêuticos, utilizados no pré-operatório e pós-operatório de
pacientes pediátricos com Tetralogia de Fallot submetidos à cirurgia Cardíaca Congênita. O
referido estudo trata-se de uma revisão de literatura descritiva bibliográfica com o objetivo de
identificar, coletar e analisar as principais contribuições ou publicações referente a atuação
fisioterapêutica ao paciente pediátrico com Cardiopatia Congênita. A fisioterapia se caracteriza
com uma extrema importância dentre as equipes multidisciplinares nos espaços hospitalares,
ocasionando a melhora significativa cardiorrespiratório e tempo de internação da Unidade de
Terapia Intensiva e contribuindo na qualidade de vida deste paciente. Tendo em vista o elevado
risco de complicações decorrentes do processo da cirurgia cardíaca a intervenção
fisioterapêutica no pré, peri e pós-operatório, resulta de forma positiva na facilidade das trocas
gasosas e melhora da ventilação pulmonar. Conclui-se que a equipe multidisciplinar
juntamente com a fisioterapia contribui para o melhor resultado de prognóstico de pacientes
pediátricos no pré e pós-operatório de cirurgias cardíacas, se implica em realizar a diminuição
dos riscos de complicações pulmonares, gerando uma melhora significativa no quadro clínico
do paciente como aumento da ventilação pulmonar, diminuição no período hospitalar.