Abstract:
O TEA - Transtorno do Espectro do Autismo - caracteriza-se por alterações qualitativas nas
habilidades sociais, envolvendo dificuldades de comunicação com a apresentação de
comportamentos repetitivos e estereotipados. Embora no Brasil hajam leis que estipulam que a
saúde é direito de todas as pessoas e obrigação do Estado, a dificuldade no atendimento médico e
terapêutico para crianças com TEA no sistema de saúde e educação ainda é muito insuficiente.
Sendo esta problemática apresentada, buscar uma forma de tratamento do TEA em crianças que
seja eficaz é necessário para promover a adaptação delas em sociedade, gerar autonomia e
desenvolver habilidades sociais. Assim, esta pesquisa buscou evidenciar os benefícios da Análise
do Comportamento Aplicada (ABA) para crianças com TEA. A justificativa para realização
desta pesquisa baseia-se na informação de que o autismo é um dos assuntos que está
continuamente em evidência em estudos científicos. Portanto, este estudo teve intenção de
contribuir para a ciência, sobretudo a psicológica, com a apresentação de estudos atualizados
sobre o tema, em relação às definições do TEA, formas de avaliação, tratamentos e enfoque na
ciência ABA, que proporciona melhora na adaptação e no comportamento de crianças
diagnosticadas com autismo. Quanto ao objetivo da pesquisa, foi de descrever uma revisão
sistemática da literatura sobre as opções de tratamento com base na ciência ABA para crianças
com TEA, de modo a contribuir para a prática eficaz da Psicologia baseada em evidências. A
metodologia de pesquisa consistiu em uma revisão de literatura com coleta de dados
bibliográficos envolvendo pesquisas em livros com títulos pertinentes ao tema, bem como nas
demais literaturas científicas, resumos e anais encontrados em buscas online, indexados em bases
de dados como Google Acadêmico, SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da
Saúde, publicados entre os anos de 2013 a 2020. Os resultados indicaram que a ABA atua no
fortalecimento dos comportamentos socialmente aceitáveis e na modificação dos
comportamentos inaceitáveis que, de alguma forma, atrapalhavam a vida familiar e escolar das
crianças com TEA. Conclui-se que a comunidade científica brasileira ainda precisa realizar mais
estudos e práticas no campo da análise do comportamento aplicada com base nas dimensões e
princípios éticos que constituem a ciência.