Abstract:
A sociedade está envelhecendo, portanto, a tendência é o crescimento da população idosa, o que,
por certo, gera reflexos na vida da comunidade. A caracterização do que é ser idoso depende de
vários fatores externos e internos, como a idade cronológica, biológica, psicológica e social, os
quais, em conjunto, podem determinar quando uma pessoa passa a ser considerada “velha”. Ocorre
que a percepção daquilo que a sociedade entende como “ser idoso”, inclusive com base em
estereótipos e suposições decorrentes do senso comum, por vezes difere da autopercepção deste, o
que pode acarretar em uma desordem psicossocial, ou seja, há uma distinção entre o que é o tempo
do indivíduo e que é o tempo da sociedade. Diante disso, o indivíduo acaba se integrando naquilo
que é o tempo da sociedade, ou seja, na construção social do que é ser idoso, o que muitas vezes
difere de sua própria percepção de vida e tempo de vida. O presente trabalho teve como objetivo
estudar, diante deste cenário, qual é a percepção que o idoso tem de si, do seu tempo e de que modo
suas crenças podem interferir de forma positiva ou negativa em sua percepção, bem ainda como
identificar o perfil atual do idoso e as características predominantes do envelhecimento na
atualidade. Pretendeu-se também, identificar quais os fatores preponderantes que influenciam na
autopercepção do idoso. Para tanto, procedeu-se a avaliação acerca da autopercepção do idoso na
atualidade e de seu envelhecimento, para isso foi utilizado questionário internacional sobre a
percepção do envelhecimento – APQ (Aging Perceptions Questionnaire), na forma adaptada para
a realidade e língua portuguesa brasileira, o qual foi distribuído para idosos participantes do projeto
social da FAMEDE – Faculdade Aberta da Melhor Idade. Pretendeu-se demonstrar que a
autopercepção do idoso na atualidade é negativa. Ressalta-se, assim, a importância de se estudar a
autopercepção do envelhecimento do idoso para fins de coletar dados que sirvam de parâmetros
para estudos posteriores no intuito de se definir políticas públicas, estratégias sociais, psicológicas
e educativas que favoreçam positivamente a autopercepção do idoso quanto ao envelhecimento.