Abstract:
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2014), a saúde mental pode ser definida como
equilíbrio emocional entre o meio interno e as vivências externas, refletindo como fator
principiante para administrar o cotidiano do indivíduo em função o seu bem-estar. Sabe-se que,
muitos indivíduos que estão no Sistema Penitenciário estão sujeitos a sofrer de algum transtorno
mental, como: depressão, ansiedade, estresse. Visto que, as unidades prisionais no Brasil
apontam uma realidade que contradiz com o seu modelo, se tornando uma mistura de condições
cruéis, degradantes, humilhantes, dentre outros problemas, que assolam as prisões desse país.
Esta pesquisa teve como objetivo principal a avaliação e promoção de saúde mental para 20
reeducandos selecionados do raio verde no Sistema Penitenciário de Sinop-MT, Dr. Osvaldo
Florentino Leite Ferreira, o “Ferrugem”, situado no Município de Sinop-MT, sendo dividido os
grupos através de um sorteio, 10 participantes no grupo de controle e 10 participantes no grupo
de intervenção. O levantamento dos dados com os participantes foram coletados sob análise
qualitativa, intervenções socioeducativas (palestras sobre saúde mental, ansiedade, autoestima,
depressão e estresse), e com a análise quantitativa, utilizando instrumentos de investigação,
como: Inventário Beck de Ansiedade (BAI), Inventário de Depressão de Beck (BDI), Inventário
de Sintomas de Stress para Adultos (ISSL), nos quais foram avaliados os níveis de ansiedade,
depressão e estresse dos participantes envolvidos. Os dados obtidos apontam que a ansiedade
no Grupo A (controle) está presente em 33,32% (moderadamente e grave), a depressão em
26,97% (moderado e grave), e o estresse em 40% na fase de resistência. O Grupo B
(intervenção) apresentou 32,85% com ansiedade (moderadamente e grave), depressão em
14,27% (moderado e grave), e o estresse com 60% localizados na fase de resistência. Concluise que, os transtornos mentais avaliados (ansiedade, depressão e estresse) encontram-se
presentes na amostra do Grupo A e Grupo B, revelando que em ambos grupos a ansiedade e
estresse se destacam. Logo, o assunto sobre saúde mental despertou aos participantes do Grupo
B uma visão minuciosa ao tema, onde muitos começaram a se autoperceber, a se autoanalisar e
utilizar as estratégias aplicadas ao decorrer das intervenções. Posto isto, recomenda-se outros
estudos que envolva mais a compreensão das implicações e impactos das prisões ao reeducando,
como também investir em equipes e profissionais de saúde, para ampliar este assunto no âmbito
prisional.