Abstract:
O avanço das tecnologias e da interatividade virtual no cotidiano da sociedade contemporânea
têm causado uma nova dinâmica social na vida dos indivíduos, nos costumes, comportamentos
e hábitos. Todavia, observa-se os benefícios da evolução das tecnologias como a utilização de
smartphones e aplicativos de mensagens que permitem a interação virtual, sendo possível
construir uma rede de contatos e relacionamentos virtuais, além disso, oportuniza a vivência
de experiências positivas, como a rápida troca de informação e, consequentemente, maior
acesso ao conhecimento. Entretanto, os prejuízos causados por esses novos fenômenos
tecnológicos, como o surgimento da dependência patológica dos telefones celulares, nomeada
de nomofobia, é considerada um transtorno do mundo moderno. As dependências patológicas
dos telefones celulares causam angústia, medo e ansiedade nos indivíduos quando afastados
dos aparelhos. Considerando isso, o uso problemático e excessivo das tecnologias pode afetar
significativamente a vida social dos adultos jovens pertencentes a Geração Z, contribuindo
para o seu afastamento social. As habilidades sociais são necessárias para a manutenção de
um comportamento social competente dentro do convívio social de qualidade, portanto,
fundamentais para o desenvolvimento pessoal e adequação social. Ressalta-se que a forma
como nos comportamos socialmente em determinada situação, contexto e cultura, reflete o
repertório de habilidades sociais de cada pessoa. Destarte, este estudo tem grande valor, pois
visa contribuir para o desenvolvimento psicossocial dos adultos jovens com tendência à
nomofobia. Dessa forma, foi realizado um levantamento com a aplicação de questionários,
como Mobile Phone Addiction Test – MPAT (2014) e IHS2-Del-Prette – Inventário de
Habilidades Sociais 2 (2018), respondidos eletronicamente através do sistema Google Forms,
com questões fechadas e opções de resposta no formato em escala Likert, com objetivo de
identificar e descrever o perfil das habilidades sociais dos adultos jovens da Geração Z,
correlacionando, assim, com sua presente relação com os aparelhos celulares. Perante os
resultados obtidos e analisados, percebeu-se que apenas 3% da amostra demostrou sinais de
dependência em nível grave e que 39% dos participantes têm uma dependência em nível
moderado, isso pela presença de comportamentos considerados nomofóbicos. Analisou-se,
também, a relação dos indivíduos da amostra com aparelhos celulares, o que evidenciou que
há prejuízos nas classes de habilidades sociais de comunicação e de assertividade em
estabelecer relacionamento com pessoas fora do seu convívio social regular.