Abstract:
Para que a entidade possa realizar suas operações de maneira objetiva com
lucratividade e continuidade, faz se necessário a aquisição e gestão de ativos
imobilizados, que podem ser utilizados diretamente ou indiretamente em suas
atividades de operacionalização, contribuindo para a geração de benefícios
econômicos futuros. Diante do contexto apresentado, este trabalho apresenta a
seguinte problemática: Qual o impacto nas demonstrações financeiras de uma
empresa do ramo do agronegócio em função da defasagem das políticas de
depreciação? Deste modo, este estudo objetiva apresentar os efeitos que os cálculos
das depreciações causam nas demonstrações contábeis quando são baseados em
uma política interna de depreciação defasada, isto é, em função da não reavaliação
da vida útil dos bens utilizados pela companhia, bem como compará-los com um novo
cálculo de depreciação realizado através de uma nova estimativa de vida útil dos bens,
através do histórico de utilização pela empresa, destacando os principais impactos
nas demonstrações financeiras. Neste trabalho, utilizou-se a pesquisa tipo descritiva,
utilizando métodos de pesquisa bibliográfica e estudo de caso. Destacando os
principais aspectos que regem o Pronunciamento Técnico contábil CPC 27(2009), os
critérios de mensuração e reconhecimento estabelecidos na Lei 6.404/76 (Lei das
Sociedades Anônimas) e da Lei 12.973/14. Por meio do Estudo de caso realizado,
identificou-se que o saldo depreciado seria bem maior caso a empresa adotasse a
estimativa de vida útil que foi obtida através da mensuração do tempo de utilização
dos bens pela entidade, este saldo representa um impacto mensal nas demonstrações
contábeis de R$ 5.304.000,00 que estão deixando de ser reconhecidos, o impacto
anual seria de aproximadamente de R$63.659.000,00 por ano considerando que este
valor continuasse pelos próximos 12 meses.