Abstract:
Acredita-se que os Transtornos do Espectro Autista (TEA) são transtornos graves que afetam
a autossuficiência e o funcionamento social do indivíduo, sua prevalência tem sofrido um
aumento nos últimos anos, atingindo de 1 a 2% da população infantil. Devido ao fato dos
sinais sugestivos desse transtorno ser evidente nos primeiros anos de vida da criança, favorece
o diagnóstico precoce, que é fundamental para melhorar o desenvolvimento do indivíduo e
facilitar a inclusão social do mesmo. Para o tratamento dessa condição é preciso que o
indivíduo passe por um acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, sabendo que as
particularidades apresentadas por esses indivíduos podem levar a situações de exclusão social,
nota-se atualmente a importância das equipes de Atenção Básica (AB) para essa identificação
precoce e instauração de intervenções. Assim tem-se como objetivo geral compreender as
atribuições da equipe multidisciplinar de saúde, com ênfase na atuação do enfermeiro, frente
ao cliente com TEA e sua função na inclusão social dessa população. Como objetivos
específicos correlacionar exclusão social ao preconceito gerado pela desinformação sobre o
transtorno; discorrer sobre os aspectos epidemiológicos e peculiaridades do TEA, indicando
os critérios de avaliação utilizados para o diagnóstico; e relatar o papel da equipe
multidisciplinar na assistência ao paciente com TEA, destacando a atuação do enfermeiro. O
presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório e abordagem
qualitativa fundamentada em publicações científicas pertinentes ao assunto disponíveis em
sites fidedignos, como Scielo e Biblioteca Virtual da Saúde. Por fim, verifica-se que quanto à
inclusão, a função das equipes multidisciplinares em saúde é promover um ambiente de
confiança, interna e externamente às instituições, que estimule o autista a desenvolver as
habilidades até então limitadas pelo transtorno, para que evolua e adquira autonomia, podendo
exercer plenamente sua cidadania.